domingo, 10 de maio de 2020

Sobre o dia de hoje

Hoje é dia das mães.
Em algumas casas haverá encontros, abraços e festa.
Em outras, resguardo.
Em muitas, sorrisos.
Em tantas outras, ausências.
A data não passa em vão.
A força motriz da vida é a mãe.
Nem todas sentem do mesmo modo.
Nem todas querem ser mães.
Mas todas , mal ou bem, tiveram suas mães.
Presentes.
Imperfeitas.
Ausentes. 
Necessárias.
Dispensáveis.
Amorosas.
Lastimáveis.
Todas vieram de uma mãe, de uma mulher.
Seja por amor ou só pela dor. 
Mais do que dia das mães, dia de pensar nas relações que ocorrem para que as mulheres se tornem mães. De refletir sobre a mulher e seus desejos, suas possibilidades e escolhas. E também frustrações. 
Ser mãe é dar oportunidade à vida e muitas vezes abrir mão da própria vida, de quem gostaria de ser. 
Nem sempre é uma escolha. Inúmeras vezes é imposição. 
Não há a receita pronta da mãe que todas deveriam ser. Isso é uma mentira imposta. A maternidade nem sempre é romântica e feliz.
Neste dia, a proposta é ouvir e acolher, não apenas felicitar. 
Ouça uma mãe. 
Ouça uma mulher que ainda não é mãe.
Ouça uma mulher que não quer ser mãe.
Ouça uma mulher que não pode ser mãe. 
Seja ouvidos e não julgamentos.
Cada uma sabe das dores, anseios e desejos.
Esteja atento aos preconceitos que a sociedade  impõe e assumimos como nossas verdades. 
Abra seu coração para acolher o que é diferente dos seus ideiais.
A vida é mais colorida quando permitimos ver além das cores que escolhemos para nós. 




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