Tem um momento que a gente não quer mais contar os números de quem se foi.
Não quer ver a dor alheia - como forma de defesa.
Porque ter medo também dói.
Paralisa.
Acelera os batimentos.
Te faz acordar na madrugada.
Embaralha os seus pensamentos.
Mas quando os números não param de crescer.
É impossível não ver.
A doença está ao lado.
Ausências se fazem cada vez mais presentes.
E mais perto de você.
terça-feira, 28 de julho de 2020
sexta-feira, 17 de julho de 2020
A dor em números
17 de março = 1 morto
17 de abril = 2.141 mortos
17 de maio = 15.663 mortos
17 de junho = 45.456 mortos
17 de julho = 76.822 mortos
17 de abril = 2.141 mortos
17 de maio = 15.663 mortos
17 de junho = 45.456 mortos
17 de julho = 76.822 mortos
quinta-feira, 9 de julho de 2020
69.184
Outro mês.
Inúmeras mortes.
Mães que deixaram seus filhos.
Filhos que deixaram seus pais.
Amores que não puderam ser vividos.
Beijos e abraços que não serão mais dados.
Nascimentos que foram impedidos.
Sorrisos que se desfizeram nos lábios.
Lágrimas que não param de pingar dos olhos de muitas famílias.
E ainda sim, há pessoas que não se comovem com a dor alheia.
Seguimos em grupos.
Os que se isolam.
Os que se isolam só quando é conveniente, fugindo do trabalho, mas furando isolamento para festas e encontros.
Os que querem se isolar e não podem.
Os que podem isolar e que não querem.
A pandemia não mostra só o caos nos hospitais e a situação ao redor do mundo, mostra o melhor e o pior dos seres humanos. Nunca me imaginei nesse cenário, vendo tantas mortes nos arredores e tantos negando esses fatos.
Governantes que não se entendem. Uns querem proteger a população, outros buscam satisfazer o interesse dos grandes empresários, alguns pensam apenas nas próximas eleições. Declarações públicas que confundem as pessoas, que incitam brigas e enganam muitos.
Estamos em meio a um imenso cenário de guerra.
Remando com a fé diante desse turbilhão de incertezas.
Vivemos esperando dias melhores, notícias melhores, um mundo melhor.
Que Deus nos ajude.
Inúmeras mortes.
Mães que deixaram seus filhos.
Filhos que deixaram seus pais.
Amores que não puderam ser vividos.
Beijos e abraços que não serão mais dados.
Nascimentos que foram impedidos.
Sorrisos que se desfizeram nos lábios.
Lágrimas que não param de pingar dos olhos de muitas famílias.
E ainda sim, há pessoas que não se comovem com a dor alheia.
Seguimos em grupos.
Os que se isolam.
Os que se isolam só quando é conveniente, fugindo do trabalho, mas furando isolamento para festas e encontros.
Os que querem se isolar e não podem.
Os que podem isolar e que não querem.
A pandemia não mostra só o caos nos hospitais e a situação ao redor do mundo, mostra o melhor e o pior dos seres humanos. Nunca me imaginei nesse cenário, vendo tantas mortes nos arredores e tantos negando esses fatos.
Governantes que não se entendem. Uns querem proteger a população, outros buscam satisfazer o interesse dos grandes empresários, alguns pensam apenas nas próximas eleições. Declarações públicas que confundem as pessoas, que incitam brigas e enganam muitos.
Estamos em meio a um imenso cenário de guerra.
Remando com a fé diante desse turbilhão de incertezas.
Vivemos esperando dias melhores, notícias melhores, um mundo melhor.
Que Deus nos ajude.
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