terça-feira, 28 de julho de 2020

As perdas nossas de cada dia

Tem um momento que a gente não quer mais contar os números de quem se foi.
Não quer ver a dor alheia - como forma de defesa.
Porque ter medo também dói.
Paralisa.
Acelera os batimentos.
Te faz acordar na madrugada.
Embaralha os seus pensamentos.
Mas quando os números não param de crescer.
É impossível não ver.
A doença está ao lado.
Ausências se fazem cada vez mais presentes.
E mais perto de você.

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